Coronavírus

Coronavírus é uma família de vírus causadora de várias infecções respiratórias. A transmissão desses vírus pode ocorrer através do contato com animais e pessoas contaminadas.
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O coronavírus é uma família de vírus causadora de diversas infecções, inclusive em seres humanos. No ano de 2020, uma nova cepa de coronavírus foi identificada, o novo coronavírus (2019-nCoV), que pode ser transmitido através do contato com animais e pessoas doentes. Ele pode causar desde uma infecção leve, como um simples resfriado, até infecções graves, que podem levar a óbito.

A seguir, apresentamos quem são os coronavírus, as doenças causadas por esses vírus, suas formas de transmissão, seus sinais e sintomas, e suas formas de tratamento e prevenção, destacando o novo coronavírus (2019-nCoV), identificado no ano de 2020.

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O que é o coronavírus?

Coronavírus (CoV) é uma família de vírus conhecida desde a década de 1960, e causadora de diversos tipos de infecções respiratórias. Esses vírus recebem esse nome devido à presença de estruturas em sua superfície que lembram uma coroa.

Os coronavírus pertencem a uma família de vírus responsáveis por diversas infecções respiratórias.
Os coronavírus pertencem a uma família de vírus responsáveis por diversas infecções respiratórias.

Os coronavírus causam infecções que variam de resfriados comuns a síndromes mais severas, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS — do inglês, Severe Acute Respiratory Syndrome) e a infecção causada pelo novo coronavírus 2019-nCoV.

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Doenças causadas pelos coronavírus

Os coronavírus são responsáveis por causar diversas infecções, sendo muitas delas brandas, no entanto, algumas merecem destaque devido à sua gravidade. São elas:

  • SARS (do inglês, Severe Acute Respiratory Syndrome): A síndrome respiratória aguda grave é causada pelo vírus SARS-CoV e teve seus primeiros registros de casos no ano de 2002, na China. A SARS causou a morte de cerca de 800 pessoas até ser controlada, no ano de 2003.

  • MERS (do inglês, Middle East Respiratory Syndrome): A síndrome respiratória do Oriente Médio é causada pelo vírus MERS-CoV e teve seus primeiros casos notificados em setembro do ano de 2012, na Arábia Saudita. No entanto, posteriormente, foi identificado que os primeiros casos ocorreram em abril do mesmo ano, na Jordânia, e, em seguida, em outros países do Oriente Médio, bem como Europa, Ásia, América e África. Desde sua descoberta, a MERS causou 858 mortes.

Veja também: Sistema respiratório – sistema bastante prejudicado pelo coronavírus

Novo coronavírus (2019-nCoV)

No ano de 2020, uma nova cepa da família dos coronavírus foi identificada, o novo coronavírus (2019-nCoV). Isso aconteceu após o surgimento de casos de pneumonia, entre o final do ano de 2019 e início de 2020, com causas desconhecidas na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, na China.

Acredita-se que o início das infecções deu-se em um mercado de frutos do mar e animais naquela cidade. Mesmo não havendo um consenso, no entanto, acredita-se que a doença possa ter sido transmitida primeiramente ao ser humano por meio da ingestão da carne de cobras ou morcegos.

Até o dia 27 de fevereiro de 2020, já haviam sido registrados mais de 80 mil casos no mundo, com mais de 2,7 mil mortes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os casos de 2019-nCoV já superaram os casos de SARS-CoV nas primeiras semanas de surto. No Brasil, até essa data, não haviam casos confirmados.

Número de casos do novo coronavírus, identificado em 2020, superou os de SARS-CoV nas primeiras semanas de surto.
Número de casos do novo coronavírus, identificado em 2020, superou os de SARS-CoV nas primeiras semanas de surto.

O diagnóstico dessa doença é realizado por exame clínico, levando-se em consideração o histórico do paciente, como viagem ao local de surto ou contato com doentes. Para a confirmação do diagnóstico, deve ser realizado exame laboratorial específico para coronavírus, incluindo o sequenciamento do genoma viral.

É importante destacar que os pacientes devem ser mantidos em isolamento enquanto apresentarem sinais e sintomas da doença. Os profissionais de saúde devem ter atenção especial quanto ao uso de equipamentos de segurança ao realizarem o tratamento dos doentes.

Leia também: Quanto tempo dura uma quarentena?

Transmissão dos coronavírus

Alguns coronavírus infectam animais e pessoas, assim sua transmissão pode ocorrer através do contato com animais e contato próximo com pessoas contaminadas. A transmissão dessas infecções entre pessoas pode ocorrer pelas gotículas de secreções eliminadas pelo doente seja pela tosse, seja pelo espirro, seja por objetos contaminados.

Sinais e sintomas de contágio por coronavírus

O coronavírus pode causar pneumonia, lesões pulmonares e até o óbito do paciente.
O coronavírus pode causar pneumonia, lesões pulmonares e até o óbito do paciente.

Os coronavírus apresentam um período de incubação, assintomático, que varia entre cinco e 16 dias. Quando causam infecções brandas, seus sintomas assemelham-se aos de resfriados e gripes, como espirros, tosse, coriza e febre. Entretanto, eles também causam infecções mais severas, como as citadas em tópico anterior, que podem desencadear pneumonia, insuficiência respiratória aguda, lesões pulmonares e até óbito.

Veja também: Diferenças entre gripe e resfriado

Tratamento das infecções por coronavírus

Não existe um tratamento para infecções causadas pelo coronavírus. Assim, o tratamento consiste em repouso, ingestão de bastante líquido e medidas para aliviar os sintomas. Em casos mais graves, deve-se incluir suporte de terapia intensiva.

Prevenção contra coronavírus

A prevenção contra as infecções por coronavírus pode ser realizada por meio de cuidados, como:

  • Evitar contato próximo com pessoas que estejam doentes;

  • Higienizar as mãos com frequência, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de alimentar-se;

  • Cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar, preferencialmente com lenços descartáveis, lavando as mãos em seguida;

  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres;

  • Manter os ambientes bem arejados;

  • Evitar contato próximo com animais selvagens ou doentes;

  • Evitar viajar para locais onde esteja ocorrendo surtos dessas doenças.

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